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Os segredos do meu mundo sombrio

PARTE 2

Aquele dia começou como todos os outros, exceto pela figura imóvel em pé na sala de piano ao lado meu tio:

- Olá, bom dia! Disse- me o rapaz. Meu nome é Jared, olhando -me como se fosse atravessar minha alma.

- Bom dia, sou Sara, o que faz aqui? respondi-lhe intrigada?

- Sou seu professor de Piano, respondeu-me levemente sorrindo.

- O que? Mas eu não… e antes que pudesse terminar minha frase ele prosseguiu a fala: não precisa de professor né? Okay , já conheço seu tipo, é daquelas que se acha boa o suficiente para precisar treinar, então porque você não toca em uma orquestra?

- Droga! Ele tem razão… perdi-me em meus pensamentos sem nada mais dizer-lhe. De repente fui despertada por um toque estranhamente familiar, que fui transportada para os meus terríveis pesadelos.

Venha Sara, vamos começar, falou Jared segurando minha mão.

A tarde passou bem depressa ao lado do meu novo professor. Quando ele se despediu eu mal me lembrava da estranha sensação que senti ao conhecê-lo. Acenamos um ao outro com a promessa de ver-nos na próxima aula.

Peguei as partituras e fui para o meu quarto, entrei tão distraída que bati o rosto na quina da janela aberta, o que provocou uma queda tão estúpida que comecei a rir.

- Quer ajuda? Você está bem?

Levantei o rosto para ver quem era, e lá estava ele com as mãos estendidas, o garoto da ala oeste.

- Tudo bem, levante-se eu te ajudo, disse ele sorrindo.

Está tudo bem. Mas quem me deve respostas aqui é você, eu disse.

Okay, o que deseja saber? Sua voz era incrivelmente doce e firme.

Primeiro, quem é você? Qual é o seu nome? E finalmente, porque mentiu que era o filho do zelador? Ah! E o que fazia na ala oeste?

Wow! Nossa! Quantas perguntas respondeu-me em tom irônico.

Então ele me olhou de um jeito que acendeu meu corpo inteiro, como um sopro de vida. Segurou meus ombros me olhando fixamente e disse: consegue perceber como existe beleza quando as folhas caem no jardim, e como o sol e o vento parecem abraçá-las em uma valsa eterna? Mas essa beleza se perde no exato momento em que caem no chão.

Um barulho o afastou de mim e tirou nossa atenção um do outro, quando voltei-me ele já ão estava mais lá, e nem se quer respondeu uma de minhas perguntas.

Mais tarde deitada na cama meus pensamentos se dividiam entre as imagens de Jared e o garoto da ala oeste, e como ambos haviam me marcado de alguma forma. Lembrei-me do toque frio de Jared em comparação ao do garoto. Mas quando minha lembrança congelou no olhar frio e calculista que ele me lançou na ala oeste, senti medo e adormeci.

Na manhã seguinte lá estava ele novamente, bonito, atraente e misterioso. Bom dia professor!

- Bom dia Sara, vamos começar? Respondeu-me Jared com certa formalidade no tom.

Comecei a repassar as partituras do Jared, quando me perdi na imagem do garoto da ala oeste. Como sou burra! Exclamei ignorando o piano e as partituras. Levantei-me e fui até a janela conversando comigo mesma: como não pensei isso antes? Como alguém pode ficar sem respostas depois do google?

- Ei Sara, está tudo bem com você? O que está dizendo?

Nada Jared, me desculpe, eu …. eu …, bom só estava viajando aqui sozinha. Desculpe não vai mais acontecer.

- Olha, venha aqui, disse ele, pegando em minhas mãos e me encostando na janela. Sei que você está passando por uma situação muito difícil com a perda da sua família, sei que deve se sentir sozinha, mas pode confiar em mim, eu sou seu amigo.

Não é nada disso, é que… fui interrompida quando os lábios dele levemente tocaram os meus, começou devagar e aos poucos me sentia totalmente envolvida pelo calor dele. Sua pele cheirosa, seu abraço forte, apagou o mundo e não restou mais nada.

Um forte estrondo e vidro quebrado para todos os lados, Jared e eu já estávamos no chão, completamente atônitos. O que é isso? Perguntei-lhe assustada. Não sei, mas não se preocupe enquanto eu estiver aqui nada vai acontecer a você. Eu acreditei nele.

Nos levantamos e fomos até a janela destruída, tudo que vimos foi o garoto da ala oeste parado, imóvel. Nesse momento, o piano foi lançado contra nós e por pouco não nos esmagou na parede. Voltamos a olhar a janela e não havia mais ninguém, ele havia sumido.

Jared me beijou mais uma vez, dessa vez apressadamente, segurou minhas mãos e prometeu voltar assim que possível. Saiu me olhando, como se não quisesse realmente ir.

Retornei ao meu quarto, onde passava o restante do dia. Deitei na cama, fechei os olhos, e pensei no quanto havia gostado do beijo, do toque e do cheiro de Jared. Mas aquele pensamento bom não tirava a sensação estranha daquele momento da janela e do garoto. Foi quando abri os olhos e ele estava lá.

Parecia diferente, carrancudo, nervoso, inseguro. Enquanto sentava – me naca cama perguntei-lhe: o que há com você?

- Por que pergunta se nem se importa? Respondeu rispidamente.

Claro que me importo. Disse-lhe.

- Se você realmente se importasse jamais teria beijado ou se quer falado com aquele cara. Ele é perigoso e vai te machucar, assim como fez comigo.

O que, como assim? O que ele fez a você? Perguntei-lhe.

Novamente um barulho, vidro quebrado por todos os lados e eu estava só.


CONTINUA...

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31/10/23:  Exposição de Arte Escandinava

 

6/11/23:  Arte em Vídeo Pelo Mundo

 

29/11/23:  Palestra: História da Arte

 

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